terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Medo. Dúvida. Falta de fé. Julgamento.

Numa conversa com a irmãzinha de fé Júlia, vi o trabalhar de Deus. Engraçado como nas pequenas coisas Ele tem o cuidado de falar e responder as questões que estavam em meu coração. O título desta postagem foi exatamente o que escrevi enquanto falava com ela pelo telefone (num contato de uma hora).
Considero válida a informação de que ambas fomos criadas na igreja, tendo certo "conhecimento" das Escrituras e importâncias espirituais. Pelo Espírito Santo repensamos nestes sessenta minutos, tudo o que temos passado e o que vimos sentindo, sem saber, juntas.
Em algum momento de minha vida, minha fé enfraqueceu. Como uma "boa cristã", pedi a Deus que ajudasse a voltar àquele primeiro amor, onde pegamos fogo e queremos contagiar a todos com tanta glória. Quanto mais próximos de Deus ficamos, mais ameaçadores somos para Satanás, que está SEMPRE rondando; aguardando o momento certo para lançar armadilhas sutis, que nos desviem do foco, que é Jesus. Claro, fiz aquela oração para voltar ao primeiro amor; mas como "boa cristã". Devia, como FILHA DE DEUS pedir perdão, bem como o filho pródigo da parábola de Jesus.

O primeiro sintoma desse desvio foi o medo. Medos que dizíamos ter vencido; medos que não mais nos assolavam, pois estávamos constantemente na presença de Deus, nos alimentando da própria palavra. Medos que já havíamos enfrentado e vencido.
O segundo sintoma é a dúvida. Dúvida a respeito da origem das Escrituras, sobre o poder de Deus, sobre veracidade de tudo o que aprendemos no deserto. Dúvida se existe uma Terra prometida, como houve para a nação de Israel. Dúvidas impostas por nós mesmos e que corremos o risco de começar a adotar como verdade absoluta.
O próximo sintoma, paralelo à dúvida, é a falta de fé. Veja bem: falta de fé no nome de Jesus e excesso de fé em nós mesmos. Aqui há o risco de pecarmos contra um dos dez mandamentos do antigo testamento: não dizer o nome de Deus em vão. Sabe quando você repreende algo ou alguém, no nome de Jesus, mas porque está acostumado e SABE que "dá certo"? Penso que não é certo proferir um nome tão santo, numa circunstância assim. Podemos pedir coisas em nome do Filho, mas cientes e crentes do sacrifício que Ele fez pra nos redimir dos pecados. Dizer o nome de Jesus, nos lembrando que foi por mim e por você que Ele morreu. Foi pelos nossos pecados que Aquele Cordeiro puro e cheio de misericórdia se colocou nas mãos de homens, tão falhos acreditando que alguma coisa do que têm lhes pertence ou é merecida. TUDO é por Ele, O Verbo.
E o julgamento? Me refiro a quando nos achamos no direito de criar conceitos (na verdade preconceitos) em relação às pessoas pelo vestuário, pelas atitudes e outras coisas. Este julgamento, é o que nossa mente acusadora (e isto não vem da parte de Deus, tenha certeza) faz quando vê algo que "foge do normal". Coloque-mo-nos em nosso lugar, só cabe a Ele julgar.

Quando estamos assim, amedrontados, com dúvidas e sem fé, já nos encontramos neste estágio de julgamento, nos sentindo superiores o suficiente para esteriotipar o próximo. Convenhamos: é mais do que hora de repensarmos conceitos. O principal foco e mensagem do Senhor, é o amor. Todo o restante é consequência: a vitória sobre o medo, a certeza de estar no caminho verdadeiro, a fé.
Precisamos tomar vergonha na cara, isso sim! Deus busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade, e mais, que o amem de todo o coração.

Ahh Senhor... Me perdoe por permitir que estes medos me assombrassem outra vez; me perdoe por deixar que essas dúvidas penetrassem em minha mente e tirassem a fé que me mantém debaixo de suas asas. Perdoa-me Papai, pois não havia decidido te seguir acima de tudo. Perdoa-me por numa noite entregar minha vida em suas mãos, e no dia seguinte pegar de volta, como se eu pudesse fazer algo sem Ti. Obrigada pelos livramentos diários, pela provisão, pelas amizades, pela sua misericórdia e por tudo o que tens feito por mim, mesmo que tenha sido tão ingrata até então. Sei que minha palavra tem poder e declaro meu desejo de ser um testemunho vivo do seu poder de transformação. Te amo, Senhor! De verdade!