quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oitava série...

Desculpa a falta de ordem cronológica, gente... Mas enquanto eu lembro, eu posto!

Que ano! Ano de cursinho pré-vestibulinho (que não ajudou em nada), ano de muitas amizades fortalecidas e laços que tornaram-se mais fortes. Ano de oportunidades desperdiçadas.
Foi um ano lindo e louco, quando aproveitava pela última vez a companhia diária de uma amiga que estudava desde a 5ª série, suportando tudo. Eu bem me lembro de quando fui fazer a prova pra esse tal de cursinho... Fiz a prova, eu, minhas amigas e uma galera¹²³¹³¹² da escola, no mesmo dia sairia o resultado. Algumas horas depois de batermos perna sem destino pelas redondezas, voltamos pra ver quem tinha passado. Todas tínhamos passado (pra vc ver como era difícil)! As salas foram divididas de acordo com a ordem de classificação e com isso fomos meio que 'separadas'. Fiquei junto com uma grande amiga (não vou dizer que o nome dela é Jéssica ;X) e logo no primeiro dia do curso (todos os sábados das 08h às 18h) me sentei lá no fundo da sala, no cantinho. A sala lotadérrima, espirrando gente, eu e minha amiga sentadas quietinhas, pensando juntas em silêncio: 'O que estou fazendo aqui, meu Deus?!'.
Foi então que entrou aquela visão de outro mundo. Sabe quando você até ouve uma música de fundo e a pessoa começa a andar em câmera lenta? Comentei com a Jéssica e passei o resto do dia observando aquela criação de Deus, bendito em sua formosura, devo dizer. Como devem imaginar, não tive coragem de falar nada, só olhar mesmo (descaradamente, diga-se de passagem). Na semana seguinte, é claro, tratei de chegar bem cedinho e sentar-me próxima. Não quero enrolar muito vocês pobres leitores de paciência finita, resumindo: acabei fazendo amizade com o dito cujo, de modo que nunca teria coragem de chegar e falar: 'tu é lindo', ou qualquer coisa do tipo. Durante o ano, uma outra amiga aproximou-se mais dele e chegou a comentar com ele, tentando arrancar informações que me fossem úteis. De fato eram: 'Eu acho a Kah muito fofinha, meu... Mas não tenho coragem. Só falo com ela se tiver certeza que não levarei NÃO'. Quer uma coisa mais otimista que isso? Não tem. O lado ruim é, não tinha como ele ter certeza que não levaria um 'não', já que nem eu tinha essa certeza. Sabe quando você admira, mas não se imagina? (Você é louca, Kamila? - Sim. Sou.)
Para fins de informação, nada aconteceu durante o ano inteiro porque ambos eram lerdos demais pra tomar qualquer atitude ou dar qualquer brecha.

Agora é a parte que eu pergunto: Por que todas as minhas histórias terminam sem um final super hiper ultra mega master blaster extraodinário? Grande incógnita, my friend. E essa é uma incógnita que eu aqui, amante da matemática, não consegui resolver.

Kamila lerdona

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